domingo, 14 de novembro de 2010

Vantagem competitiva


Em um bairro periférico de Modena se encontra o Baggiovara Center Conad, um espaço que reúne uma galeria, com 10 lojas, e um supermercado de 1350 metros quadrados. No local, a Nordiconad, uma cooperativa do consórcio nacional Conad, coloca em prática a sua mais importante estratégia. A construção de relacionamentos entre o empreendedor e a comunidade funciona como um forma de ter um diferencial competitivo frente a atuação das grandes cadeia supermercadistas. Desta maneira, consegue atrair os consumidores para suas lojas e ganhar espaço e vendas na região.


“O território da loja é o local onde podemos criar relacionamentos. Nos PDVs temos o dono e não o gerente. Isto nos faz diferente das outras empresas porque esta pessoa vive no bairro, ou seja, leva a sua vida profissional e pessoal nesta comunidade, trazendo benefícios para a comunidade”, diz Gian Luigi Covilli, diretor da Nordiconad nas áreas que abragem a Emília Romana e o Vêneto.


A operação da loja é tocada no dia a dia por três sócios, que têm partes igualitárias dentro do contrato de sociedade. Um dos sócios é o responsável pela coordenação da operação, enquanto o outro cuida da seção de frutas, legumes e verduras. O terceiro membro é o responsável pelo açougue do estabelecimento. Cada uma fica com as tarefas e as responsabilidades atribuidas para o bom andamento destes locais. No ano passado, a loja alcançou uma receita total de 9 milhões de euros e em 2010 deve ter um crescimento de 10% na sua receita.


“Incentivamos a participação dos sócios porque isto é importante e é uma vantagem competitiva, pois com os donos sendo os gerentes, os administradores e estarem no cotidiano ajuda a melhorar a qualidade do serviço”, afirma Covilli.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Criação de valor


Nordiconad é um empreendimento cooperativo entre os varejistas - que reúne os membros do Consórcio Nacional Conad - com sede em Modena e uma rede de distribuição composta por 464 lojas. O volume de negócios gerado por 191 empresas - que fazem parte da sociedade composta por 563 sócios empreendedores - alcança a ordem de 1,34 bilhões de euros ao ano.

“Buscamos ser os melhores no relacionamento com o consumidor gerando criação de valor para a empresa, com o profissionalismo de nossos membros, com a qualidade da organização, com a nitidez de nossa rede, ouvindo os nossos consumidores e usando o território em que a loja está instalada como vantagem competitiva”, diz Gian Luigi Covilli, diretor da Nordiconad nas áreas que abrangem a Emilia Romana e o Vêneto.

Um dos depósitos da cooperativa abastece 140 pontos de vendas, em uma distância de até 250 quilômetros, de produtos secos, frutas, legumes e verduras, que variam de 650 a 750 itens – dependendo da sazonalidade do ano. No local de 25 mil metros quadrados e 12 metros de altura trabalham 120 funcionários. “Os itens de FLV ficam em uma temperatura de 13 graus para se manterem conservados e frescos. Em no máximo 24 horas do recebimento todo o estoque de FLV está entregue nas lojas”, afirma Luigi.

União de varejistas


Uma cooperativa que surgiu em 1962 e se organizou em torno de pequenos comerciantes independentes, cresceu, tomou forma e atualmente detém 9,7% de participação no mercado de consumo italiano. Esta é a Conad, que em 1975 tinha 196 cooperativas e 19 mil sócios, em 1990 eram 20 cooperativas e 5 mil sócios e em 2009, a rede tinha 8 cooperativas e 2918 sócios espalhados pelo país. “Com o tempo fizemos alianças, melhoramos a gestão, a qualidade administrativa e os serviços oferecidos aos consumidores”, diz Sérgio Imolesi, diretor-geral da Conad.

O sistema Conad se organizou em três níveis: os comerciantes são associados à cooperativa, que por sua vez faz parte de um consórcio nacional, que representa a associação nacional de revendedores.
Executivos da cadeia de abastecimento brasileira almoçam na sede da Conad
As cooperativas apoiam as atividades empresariais de membros através dos comerciantes, de serviços comerciais, marketing, vendas, logística e distribuição, formação, inovação tecnológica e consultoria para a abertura e gestão de lojas. Fomenta também a cooperação com seus parceiros em programas de desenvolvimento da rede de vendas. Enquanto isto, o consórcio nacional coordena as estratégias do sistema, promove a inovação, mantém relações com os parceiros europeus, e, em particular, trata de acordos comerciais com fornecedores, políticas de marketing e criação de produtos da marca Conad.

Atualmente, a Conad detém 1.435 supermercados e superstores, 1.198 lojas superette da bandeira Margherita Conad, 30 E.Leclerc, de hipermercados e centros comerciais e 255 lojas de hard discount na Itália. “Nosso sistema é baseado em empreendedorismo generalizado e enraizado na área, ou seja, na presença de muitos associados e não sobre a concentração da propriedade em poucas mãos. Este é o princípio da cooperação. Eles gerenciam os estabelecimentos de venda e representam a marca no território em que atuam. Os atores estão envolvidos nas políticas de desenvolvimento e comercialização de cooperativas”, afirma Imolesi.

Assista ao vídeo e conheça a Conad:

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Parada em Modena

Universalmente famosa por ser a cidade natal do tenor Luciano Pavarotti e de Enzo Ferrari, fundador da escuderia que leva o seu sobrenome, Modena, recebeu os empresários e executivos do atacado distribuidor e da indústria brasileira para uma visita à Conad, maior grupo italiano de centrais de compra. Situada no norte da Itália, a província fica distante 37 quilômetros de Bolonha, entre os rios Secchia e Panaro, na região de Emilia Romana. A área da província inclui a montanha-emiliana Apeninos toscanos, onde se ergue o Monte Cimone com seus picos de mais de 2000 metros.

A área da planície se estende desde o lado norte da Via Emília da fronteira com a Lombardia e tem paisagens caracterizadas por típicas casas rurais. Estas planícies, considerada a mais bonita da Itália, estão cobertas por castelos, fortalezas, torres e aldeias, - marca de uma história que deixou os seus sinais numa paisagem que satisfaz a mente e a alma.

Com cerca de 200 mil habitantes, é uma cidade tranqüila e onde a modernidade e a tradição se fundem e se completam. Isto em um país que detém 52% do patrimônio artístico do mundo, a cidade mantém no seu interior pequenas jóias de arte, como a catedral românica, construída em 1099 toda em mármore branco, localizada no coração de Modena, na Piazza Grande, que foi incluída, juntamente com o símbolo da cidade, a torre sineira, chamada “la Ghirlandina”, na lista de Patrimônio Mundial pela UNESCO.

Também na praça, há a antiga Câmara Municipal, um complexo de edifícios medievais, o internato da Igreja de S. Carlo, coração histórico dos habitantes de Modena e o Museu Palace (Palazzo dei Musei), próximo da Piazza Sant'Agostino. É lá que é mantido o "livro mais agradável e iluminado", como ele é chamado. Trata-se de uma Bíblia que pertencia ao marquês Borso d'Este, que obteve do papa Paulo II o título ducal pouco antes de sua morte.

Modena é conhecida também pela sua excelente comida e vinho, assim como pelo vinagre balsâmico, o vinho Lambrusco, o queijo Parmigiano (Parmesão) ou salame.


CURIOSIDADES

A cidade de Modena chorou muito por seu filho mais ilustre, o tenor Luciano Pavarotti, que morreu em 7 de setembro de 2007. Centenas de admiradores e curiosos prestaram as últimas homenagens na catedral da cidade, onde o músico foi velado.


Aberta em 1990, a Galleria Ferrari reúne momentos fundamentais da lendária marca do cavalinho rampante, criada por Enzo Ferrari. O prédio está localizado na via Dino Ferrari, possui três andares e fica a poucos metros da própria fábrica da Ferrari, em Maranello. Fica próxima também da pista de Fiorano, de propriedade da marca, onde desde 1972 são testados e desenvolvidos os modelos Ferrari – de Fórmula 1, turismo ou os carros de rua. Estão espalhados pelos andares, uma lanchonete temática, a loja de produtos oficiais Ferrari, carros de passeios, turismo e modelos de Fórmula 1.

Veja imagens de Modena.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Cadeia alinhada

Um estudo da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP) apontou que as perdas na cadeia de alimentos brasileira, seja por erros nas etapas, no manuseio incorreto ou em uma logística inadequada durante o processo chegam a 4,8 bilhões de reais ao ano. O resultado do que se perde acaba indo para o preço do produto e diminui o poder de compra do consumidor.

Para reduzir as perdas e melhorar a eficiência no processo ao longo da cadeia de abastecimento, desde o produtor ou o fabricante até o consumidor final, o RFID – sistema de radiofreqüência - é a solução mais adequada, gerando menos desperdício ao longo do processo e reduzindo os custos da cadeia de abastecimento, com o uso de reposição automática de mercadorias e automação comercial para todos.

“O RFID é o futuro. É o que vai acontecer em alguns anos, mas há um excesso de otimismo com relação à implementação desta tecnologia. Vai demorar muito tempo e requerer muito dinheiro de investimento. Antes de chegarmos neste nível, temos de fazer coisas básicas e que estão disponíveis”, diz Nelson Barrizzelli, professor da FEA-USP. “Não que ela não seja útil, mas porque é preciso desaprender tudo o que foi feito e aprender a fazer tudo de novo”.

Para aprender a fazer tudo de novo é necessário realizar o alinhamento de dados entre todos os envolvidos nas etapas, como há mais de 30 anos foi feito nos Estados Unidos e no Canadá. “No Brasil não foi feito isto e o resultado é que não se tem alinhamento de dados, pois cada um faz o seu sistema. Feito isto, toda a cadeia precisa se reorganizar para ter isso em vigor. Mas ninguém quer abrir o estoque senão não há negociação”, afirma Barrizzelli.

A falta de uma integração e de um esforço concentrado no estudo do RFID no Brasil é outro fator que preocupa os executivos da cadeia de abastecimento que planejam aplicar a tecnologia no futuro para melhorar a eficiência da operação. “Não temos um esforço concentrado e reunido em um só local de RFID. No Rio Grande do Sul, por exemplo, está muito bonito fazer um chip para identificação na orelha do boi para se ter rastreabilidade. Mas isto não é coordenado de uma maneira centralizada. São esforços dispersos e que deveríamos ter, através do GS1 ou de qualquer outra entidade, um esforço de coordenação. Seria muito mais eficiente”, diz Uylon Roberto da Silva, sócio-gerente do Central Ofertão.

Carlos Eduardo Severini, presidente da ABAD, homenageia os representantes do Indicod-ECR, em Milão


Limites tecnológicos


O Laboratório de EPC (Código Eletrônico de Produto, em português) é desenvolvido pela Indicod-ECR e pela Escola de Gestão da Politécnica de Milão, em colaboração com a Telecom Itália, com o objetivo de realizar estudos de viabilidade e testar a implementação de EPC / RFID como parte dos processos operacionais da cadeia de abastecimento.

O objetivo é dotar as empresas, com os usuários e os prestadores de especificações de hardware e software, para a utilização de estrutura numérica EPC codificado em tags RFID. O EPC é um sistema de numeração, que fornece um número de identificação único de 96 bits para 268 milhões de empresas. Cada uma delas terá 16 milhões de categorias e 68 milhões de números de série para cada categoria de produto. Cada código é associado a informações sobre o produto EPC, tais como fabricante, características e preço. Todas as estruturas numéricas GS1 (GTIN, GLN, SSCC) são integradas na estrutura numérica EPC.

O EPC, ou o código de identificação - e todos os dados sobre o produto também serão registrados com o servidor local (EPCIS ) conectado à web ( EPCglobal Network). Toda vez que as empresas quiserem ver os dados atualizados poderão se conectar aos bancos de dados e os operadores terão direito a gerenciar diretamente qualquer tipo de troca de informações.

Com uma reprodução, em escala da cadeia de abastecimento, o Laboratório EPC tem a capacidade de testar a tecnologia em diferentes fases dos processos logísticos e as atividades principais previstas até ao final de linha de produção ao ponto de venda, etiquetas de identificação e mais eficiente as partes que assegurem uma maior confiabilidade na identificação do palete.

“Queremos entender o potencial e os limites da tecnologia, a fim de evitar os mitos e trabalhar eficazmente em diferentes áreas de negócio, identificando o valor real de aplicação de RFID”, diz Linda Vezzani, especialista em EPC, do Indicod ECR.

O relatório das pesquisas analisa todos os aspectos do trabalho em conjunto com os parceiros industriais do laboratório e se divide em várias etapas como o posicionamento da tag no “pescoço” do palete, o transporte da mercadoria, a experimentação da tecnologia RFID no padrão EPC, o uso do RFID para empilhadeiras, caminhões e no gerenciamento de armazém. Analisa também o monoarticulamento dos paletes, que utilizam RFID para a empilhadeira, ativos reutilizáveis e armazém, e o custo-benefício do processo.

“Não estamos em um nível de implementação que permite chegar a um empate entre o custo e o lucro, mas é um nicho de mercado e que será vital no futuro. Pouco a pouco, vamos mudando a cultura do mercado sobre a necessidade de melhorias de processos ao longo da cadeia de abastecimento”, afirma Lorenzo Nigro, responsável pela área de desenvolvimento de negócios da associação.

Saiba mais sobre o EPC LAB:

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Otimização logística

Fazer uma rede de laboratórios na Europa com todos os padrões de qualidade integrados é uma das funções do Indicod-ECR. Além disso, a associação trabalha para otimizar a reengenharia dos fluxos logísticos de mercadorias na cadeia de abastecimento, que são testadas através da implementação de vários projetos-pilotos de RFID (sistema de radiofreqüência), onde se busca produzir as melhores práticas para que as empresas possam adotar em conjunto com parceiros de negócios e melhorem a eficiência da cadeia de abastecimento.

Essas práticas passam pelo monitoramento e pelo rastreamento de produtos, em resposta, por exemplo, as crescentes exigências de segurança alimentar. Passam também na troca de mercadorias e de informação, de maneira rápida e perfeita, e na melhoria da disponibilidade dos produtos nas prateleiras, evitando perdas, e na busca de uma embalagem inovadora que permite armazenar os produtos diretamente nas prateleiras, porque eles já estão prontos para venda.

Outra definição comum de amarração e de condições estão sendo implementadas aos poucos, e um modelo comum para a aplicação do slot de carregamento e descarga, ou a nomeação de carga e descarga numa janela de tempo definido, para evitar a espera.

“Tudo isso se resume no redesenho da cadeia de abastecimento e, em seguida, todos os processos de interface entre produtores e distribuidores de bens de troca e de informação. Há também uma ferramenta de autoavaliação prática para medir o grau de "sustentáveis" os processos de transporte”, diz Lorenzo Nigro, responsável pela área de desenvolvimento de negócios da Indicod-ECR.

Padrões de qualidade

O Indicod-ECR é uma entidade italiana, com 34 mil companhias associadas, que lida com a divulgação dos padrões adotados no mundo inteiro, entre eles o mais famoso: o código de barras - presente em mais de 108 países do mundo – e que facilitem a comunicação, os relacionamentos e as trocas de informações entre empresas.

A entidade procura ajudar as companhias a trabalhar com mais eficiência e menor custo, na busca de sistemas que facilitem o diálogo entre diferentes setores de normas comuns e que coloquem ordem no imenso panorama de mercadorias. Tudo para permitir o intercâmbio de informações e o aumento na eficiência de todo o ciclo entre o fabricante, o atacado distribuidor e o consumidor.

“O nosso objetivo é realizar testes tecnológicos e destinar processos de inovação que facilitem o relacionamento, o intercâmbio de informações e que resultem em eficiência na cadeia de abastecimento”, diz Lorenzo Nigro, responsável pela área de desenvolvimento de negócios da associação.

A organização é feita de gestores e de executivos de empresas associadas que, em grupos de trabalho, colaboram ativamente para encontrar soluções comuns. “Queremos promover a adoção de novos padrões de relacionamento entre empresas e difundir uma nova cultura de gestão e de uma linguagem comum”, afirma Nigro.

ECR é a investigação avançada no relacionamento entre o negócio de consumo e do consumidor. A busca pelo conhecimento, por comunicar, por atender o consumidor e fazer dele o centro não só de negócios, mas também como peça fundamental no relacionamento entre as empresas é um dos objetivos da ECR. A associação inclui as maiores empresas da indústria e da distribuição em ações, metas e em objetivos comuns junto com o Indicod,- que envolve diretamente o gerente da companhia patrocinadora do projeto dando-lhe as ferramentas e a gestão de processos dos relatórios de testes realizados.

Em 2004, a fusão entre Indicod ECR na Itália, pode fornecer melhores padrões e tecnologias para implementar a inovação e o desenvolvimento de empresas que oferecem maior satisfação ao consumidor. “As novas exigências dos consumidores em termos de valor ambiental e responsabilidade social devem ser combinados na proposição de valor do negócio. E as novas tecnologias permitem aproximar-se do consumidor”, afirma o especialista.

Saiba mais:
A Indicod-ECR é membro do GS1, organismo internacional que coordena a implementação bem-sucedida e difusão de padrões GS1, sistema mais utilizado para o desenvolvimento de instrumentos técnicos de apoio ao comércio mundial.

ECR Europe é o órgão que cuida da implantação na Europa do conhecimento, ferramentas e métodos para o interface estratégico e operacional entre os fabricantes e os varejistas, e entre estes e o consumidor final.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Líder de mercado


Na Itália existem 397 lojas de cash & carry e o Metro, com 48 lojas, detém 28% de participação do mercado e um faturamento de 2 bilhões de euros. No ano passado, com a crise econômica mundial, que afetou profundamente o país com uma retração de 5,1% no Produto Interno Bruto, a companhia ficou estagnada em seus resultados. Para este ano, diante de um mercado de consumo que não deve ter crescimento, a empresa deve apresentar o mesmo resultado, mas para 2011 os planos são mais ousados e o resultado alcançado deve ser 3% maior. “Ainda assim, este ano, os nossos números são maiores diante de um mercado atacadista que está com retração de 0,3% este ano”, diz Lorenzo Maggioni, gerente de comunicação do Metro Itália cash & carry.

Existem 5 mil empresas atacadistas no país, geralmente são companhias e importadoras menores e especializadas em algum tipo especifico de mercado como em distribuir detergentes, peixes, bebidas e por ai vai.

Nenhum deles tem um sortimento grande como o Metro, que atua no cash & carry, e em seu maior formato, uma loja de 16 mil metros quadrados, conta com 34 mil itens no mix de produtos, sendo 14 mil de produtos alimentares e 20 mil itens não-alimentares. Com dois andares e produtos alimentares no andar de baixo e itens não-alimentares no andar de cima, o local tem duas entradas: uma para os clientes de bares e de restaurantes e outro para os clientes jurídicos de outras atividades. O atendimento especializado contempla, além das áreas de gastronomia e bar, as lojas de conveniência e pequeno varejo, as empresas e os escritórios e os profissionais liberais e serviços.

A loja, localizada nos arredores de Milão, fatura 70 milhões de euros ao ano e funciona das 6h00 às 22h00. Como ela, existe 20 estabelecimentos pelo país. São chamadas de clássicos. São estabelecimentos com uma área de 12.000 a 20.000 metros quadrados com uma maior seleção de itens alimentares e não alimentares. Neste tipo de loja, são encontrados alimentos, peixe, carne, frutas, legumes frescos, material de escritório, eletrodomésticos, produtos de multimídia e vestuário profissional.

Outro formato de atuação no país é o Júnior, com uma superfície de 8.000 a 10.000 mil metros quadrados e que oferece uma gama completa e adequada para a demanda local. Neste tipo de loja se destacam no sortimento os alimentos, peixe, carne, frutas, legumes frescos, material de escritório e eletrodomésticos em um total de 12 estabelecimentos.

O terceiro e último formato de loja com atuação na Itália é o ECO, com uma área de venda de 3.000 para 6.000 metros quadrados dedicadas exclusivamente aos profissionais do pequeno varejo, bar, restaurantes e lojas de conveniência. Neste tipo de loja se destacam os alimentos, peixe, carne, frutas e legumes. No total são 16 lojas e de 12 mil a 16 mil itens no mix de produtos. “Não abriremos novas lojas neste e no próximo ano, mas se abrirmos estamos interessados em mais lojas ECO porque são perto das cidades e tem custos 40% inferiores aos outros modelos em que atuamos, cujo custo operacional gira em torno de 20%”, afirma Maggioni.

CURIOSIDADES

Os pontos de venda do Metro, que está na Itália desde 1972, abrem todos os dias, somente fechando três vezes ao ano: domingo de Páscoa, Natal e no dia 1 de janeiro.

As lojas são abastecidas a noite e a peixaria, responsável pela receita de 200 milhões de euros ao ano para a companhia, é a primeira seção a ser aberta para que os clientes possam se abastecer logo pela manhã.

Os produtos frescos e as frutas, que representam 1/3 do faturamento da loja, ficam dispostos em uma temperatura de quatro graus para se manterem atrativos por mais tempo.

A empresa está iniciando um programa de fidelização e realiza venda direta com entrega no estabelecimento.

Em cada ponta de gôndola da loja ficam as promoções.

A marca própria representa 14% do faturamento em alimentos e 10% em não-alimentos, com artigos para uso profissional.

O Imposto de Valor Agregado (IVA) cobrado no ponto de venda é de 20% em itens de não alimentos, 10% em carne, produtos secos e congelados, e de 20% em licores, pasta e chocolate.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Cash & carry especializado

Em 1964, surgiu na Alemanha um formato atacadista que revolucionaria o mercado de consumo nos próximos anos e que, atualmente, é a bola da vez no comércio brasileiro: o cash & carry. Os anos passaram, o formato ultrapassou as fronteiras alemãs - se expandindo para outros países da Europa - até chegar ao Brasil em 1972, com o Makro, que abriu a primeira loja na Vila Maria, em São Paulo.

A ideia nasceu de uma perspectiva bastante simples: uma loja para abastecer os pequenos varejistas e os consumidores jurídicos (profissionais liberais e empresas) de produtos dos quais eles necessitavam sem oferecer muitos serviços e um mix mais completo. As lojas também eram mais despojadas, sem muito investimento em layout, iluminação, ar-condicionado e outras facilidades que encareciam o custo operacional. Tudo isso se refletia em preços menores que, com o passar do tempo, atraíam não somente os clientes profissionais, mas passaram a atrair também os consumidores finais – caso do Brasil.

A venda, tanto ao cliente profissional como ao cliente final, é uma questão polêmica e que reacende o debate sobre a vida útil do formato no Brasil e quais devem ser os caminhos que se devem seguir nesta modalidade daqui em diante.

Deixando essas discussões sobre o futuro do atacado de autosserviço no Brasil de lado, na Itália existem 397 lojas de cash & carry e a especialização dita o tom destas lojas. Uma lei do país proíbe a venda aos consumidores finais. Para comprar neste formato é necessário pela lei ter uma empresa aberta, o que faz com que cada uma destes estabelecimentos se especialize no atendimento aos clientes profissionais de hotéis, restaurantes, catering (Horeca) bares e outros estabelecimentos comerciais, oferecendo produtos e adequando os serviços as necessidades de cada tipo de cliente.

E elas se especializam de diversas maneiras como, por exemplo, oferecendo produtos frescos a todo o instante, uma boa adega de vinhos, cortes especiais de carne, peixes frescos e produtos adequados ao tipo de perfil de público que freqüentam o bar, o restaurante ou o hotel. Oferecem também treinamento e cursos para os seus clientes sobre assuntos relevantes no cotidiano da operação.

“As lojas de cash & carry abastecem os bares e os restaurantes na Itália. São empresas que precisam somente de preço ou de um serviço específico também e é o que estas lojas as oferecem”, diz Luca Pellegrini, presidente da Trade Lab, consultoria especializada no varejo italiano.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Casamento perfeito


Diversas especialidades e produtos regionais italianos são famosos em todo o mundo. Só para citar alguns exemplos em uma culinária tão vasta e expressiva mundialmente temos o presunto de Parma, o vinho Chianti, o azeite e a grapa. Doces típicos, como o panforte de Siena e o marzipã siciliano são muito conhecidos, bem como os queijos do tipo gorgonzola, da Lombardia, e o parmesão, da Emilia-Romanha. Iguarias da Toscana incluem os antipasti e o mel de girassol. A região do Vêneto produz o famoso panettone e os biscoitos amaretto.

Enfim, cada região tem a sua própria cozinha, feita com ingredientes sazonais e locais. Todo o país, porém, oferece pratos nacionais, como as massas, as pizzas e as sobremesas. Risoto ou polenta costumam substituir a pasta, no norte. Entre as delícias italianas, se destacam o peixe siciliano, as carnes de caça e as carnes da Toscana, bem como a culinária da Emília-Romanha.

Mas o sabor acentuado dos pratos italianos requer outra mania nacional: um vinho encorpado. O que não significa pouco consumo ou fraqueza dos vinhos brancos. Os italianos seguem algumas normas na escolha do vinho que vai à mesa. Servem durante a refeição o mesmo vinho que foi usado na preparação do prato. Este comportamento, porém, não tem caráter de lei. Há recomendações que podem ser adotadas. Para pratos de carnes escuras, um vinho tinto encorpado, como o Barolo. Para acompanhar as massas, um tinto de corpo médio, como o Chianti. Para aves e peixes, os brancos secos, como o Soave.
Eduardo Rubens de Andrade e Pedro Olavo Severini Filho

CURIOSIDADES

Existem mais de 4 mil tipos de vinhos na Itália. Os vinhos mais famosos têm "origem controlada", recebendo um certificado de qualidade emitido por órgãos especializados, sistema inspirado no francês. Significa que eles provêm da mesma área geográfica e são produzidos com uva de uma única variedade, às vezes, de um único vinhedo, com controle rigoroso de todas as etapas da produção. Cada região da Itália produz seus próprios vinhos, em geral, em pequenas propriedades e com métodos artesanais. Nem sempre são vinhos refinados mas têm personalidade própria. São "os vinhos de mesa", feitos para consumo imediato, e bem baratos. Alguns podem ser muito bons.

Para saber mais sobre como combinar os vinhos italianos com os pratos da culinária italiana acesse: