quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Líder de mercado


Na Itália existem 397 lojas de cash & carry e o Metro, com 48 lojas, detém 28% de participação do mercado e um faturamento de 2 bilhões de euros. No ano passado, com a crise econômica mundial, que afetou profundamente o país com uma retração de 5,1% no Produto Interno Bruto, a companhia ficou estagnada em seus resultados. Para este ano, diante de um mercado de consumo que não deve ter crescimento, a empresa deve apresentar o mesmo resultado, mas para 2011 os planos são mais ousados e o resultado alcançado deve ser 3% maior. “Ainda assim, este ano, os nossos números são maiores diante de um mercado atacadista que está com retração de 0,3% este ano”, diz Lorenzo Maggioni, gerente de comunicação do Metro Itália cash & carry.

Existem 5 mil empresas atacadistas no país, geralmente são companhias e importadoras menores e especializadas em algum tipo especifico de mercado como em distribuir detergentes, peixes, bebidas e por ai vai.

Nenhum deles tem um sortimento grande como o Metro, que atua no cash & carry, e em seu maior formato, uma loja de 16 mil metros quadrados, conta com 34 mil itens no mix de produtos, sendo 14 mil de produtos alimentares e 20 mil itens não-alimentares. Com dois andares e produtos alimentares no andar de baixo e itens não-alimentares no andar de cima, o local tem duas entradas: uma para os clientes de bares e de restaurantes e outro para os clientes jurídicos de outras atividades. O atendimento especializado contempla, além das áreas de gastronomia e bar, as lojas de conveniência e pequeno varejo, as empresas e os escritórios e os profissionais liberais e serviços.

A loja, localizada nos arredores de Milão, fatura 70 milhões de euros ao ano e funciona das 6h00 às 22h00. Como ela, existe 20 estabelecimentos pelo país. São chamadas de clássicos. São estabelecimentos com uma área de 12.000 a 20.000 metros quadrados com uma maior seleção de itens alimentares e não alimentares. Neste tipo de loja, são encontrados alimentos, peixe, carne, frutas, legumes frescos, material de escritório, eletrodomésticos, produtos de multimídia e vestuário profissional.

Outro formato de atuação no país é o Júnior, com uma superfície de 8.000 a 10.000 mil metros quadrados e que oferece uma gama completa e adequada para a demanda local. Neste tipo de loja se destacam no sortimento os alimentos, peixe, carne, frutas, legumes frescos, material de escritório e eletrodomésticos em um total de 12 estabelecimentos.

O terceiro e último formato de loja com atuação na Itália é o ECO, com uma área de venda de 3.000 para 6.000 metros quadrados dedicadas exclusivamente aos profissionais do pequeno varejo, bar, restaurantes e lojas de conveniência. Neste tipo de loja se destacam os alimentos, peixe, carne, frutas e legumes. No total são 16 lojas e de 12 mil a 16 mil itens no mix de produtos. “Não abriremos novas lojas neste e no próximo ano, mas se abrirmos estamos interessados em mais lojas ECO porque são perto das cidades e tem custos 40% inferiores aos outros modelos em que atuamos, cujo custo operacional gira em torno de 20%”, afirma Maggioni.

CURIOSIDADES

Os pontos de venda do Metro, que está na Itália desde 1972, abrem todos os dias, somente fechando três vezes ao ano: domingo de Páscoa, Natal e no dia 1 de janeiro.

As lojas são abastecidas a noite e a peixaria, responsável pela receita de 200 milhões de euros ao ano para a companhia, é a primeira seção a ser aberta para que os clientes possam se abastecer logo pela manhã.

Os produtos frescos e as frutas, que representam 1/3 do faturamento da loja, ficam dispostos em uma temperatura de quatro graus para se manterem atrativos por mais tempo.

A empresa está iniciando um programa de fidelização e realiza venda direta com entrega no estabelecimento.

Em cada ponta de gôndola da loja ficam as promoções.

A marca própria representa 14% do faturamento em alimentos e 10% em não-alimentos, com artigos para uso profissional.

O Imposto de Valor Agregado (IVA) cobrado no ponto de venda é de 20% em itens de não alimentos, 10% em carne, produtos secos e congelados, e de 20% em licores, pasta e chocolate.

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